O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deverá anunciar na quarta-feira (8) mais um corte na Selic, e o mercado aposta em redução de 0,25 ponto percentual, ante 0,50 ponto das últimas reuniões. Mas o que deverá estar mesmo na lupa dos investidores deverá ser a maneira como os diretores do BC irão votar: segundo a XP, a depender de uma possível falta de consenso, a renda fixa de curto prazo poderá ser afetada de maneiras diferentes.
Segundo a XP, se os votos se dividirem entre 0,50 e 0,25 ponto percentual de corte, que é o cenário projetado pela casa, o mercado poderá interpretar o episódio como sinal de ruído na condução da política monetária, o que seria traduzido em uma “leve alta” nos juros de curto prazo.
Se isso se confirmar, a alta de juros futuros deverá penalizar novamente títulos de renda fixa prefixados e atrelados à inflação que já estão nas carteiras dos investidores, e que precificavam taxas futuras menores. Na prática, os papéis tenderiam a perder valor no mercado secundário, dificultando a vida do investidor que pretendia se desfazer da posição antes do vencimento.